Quién te cantará - NETFLIX

Quién te cantará - NETFLIX


 
(Quem cantará suas canções?) Fotos divulgação
Abrindo um parêntese antes de falar do filme (A Netflix está cada vez mais assertiva na produção dos seus filmes e investindo em ótimos roteiros.)


A primeira cena do filme – dramática –, já dá o tom de como será a história, que começa com uma mulher tentando reanimar outra, que, até então, tinha se afogado no mar.

Lila Cassen (Najwa Nimri) é uma talentosa cantora de Indie, porém, está sem gravar novas músicas há 10 anos, desde a morte da sua mãe. Antes do incidente no mar, sua assessora e salvadora, estava prestes a jogar as cartas na mesa sobre a difícil situação da carreira e a importância de ela voltar aos holofotes, a fim de não precisar abrir mão da sua luxuosa casa de praia e estilo de vida. Blanca (Carme Elías) é a sua fiel assessora e fará de tudo para o grande retorno.

Após o acidente em que perdeu a memória, Lila volta para sua casa desconhecida e cheia de mistérios, e tem a árdua tarefa de se redescobrir e voltar aos palcos. No entanto, isso não será uma empreitada descomplicada: ela não sabe mais cantar.

Longe da vida de riqueza e glamour, Violeta (Eva Llorach) trabalha num bar, é cantora de karaokê e dubla as canções de Lila, sua grande inspiração. Leva uma vida muito simples, contudo, é honesta e tem um bom caráter. Já Marta (Natalia de Molina), a filha, é uma adolescente rebelde, preguiçosa, mercenária, sem escrúpulos e cheia de joguinhos emocionais, e Violeta é totalmente submissa à diabólica filha. As duas tem um relacionamento pouco amistoso e é no palco que a mãe se liberta da vidinha que tem.

Porem, em uma noite de estafa mental, Violeta resolve talvez se despedir da vida e sob a luz do luar começar a adentrar ao mar, quando um convite misterioso que vai mudar sua vida é feito. Mas, sua filha maquiavélica pode arruinar todo um sonho mágico.

Uma trama instigante, intensa e dramática – como uma boa narrativa espanhola. Possuí alguns momentos compassados que se transformam em ápices de roer as unhas, tudo ao som de uma música eletrônica que eleva a narrativa ao puro suspense psicológico.

Ao longo do filme as personagens tem que amadurecer de alguma forma e descobrir suas reais identidades. Um mix de situações regem as quatro mulheres: expectativas, fidelidade, laços de amizades, falsas promessas, sonhos partidos, segredos, que ao final se transformam em um shake explosivo.

Uma composição única, que possuí uma estética notável, refinada, moderna e clean, que o diretor Carlos Vermut nos presenteia.

É um filme maravilhoso, porém, para poucos. Ainda mais num mundo, onde a maioria das pessoas está acostumada com explicações mastigadas e finais estilo Sessão da Tarde, “Quién te cantará” está em outro patamar, deixando inúmeras reflexões e inquietude.

Por fim, a trilha sonora é primorosa. A canção final pode ser ouvida aqui: https://www.youtube.com/watch?v=xInuLQBvglA

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=SpOjXpfxIFQ

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Resenha - E o céu de Miaramar? de Oliver Fábio

Resenha - E o céu de Miaramar? de Oliver Fábio



Livro: E o céu de Miramar?
Autor: Oliver Fábio 
1 Edição 2015 - 
Li na 2 Edição 2018 - 389 páginas mais bônus

Temas abordados:
Família, drogas, desequilíbrio, haraquiri, preconceito, sonhos (e perigos quando não controlamos), realizações entre outros.

"Há tanto céu por aí e não tenho um pedaço só para mim. Os sonhos voaram para não mais retornarem. Minhas lágrimas desatam o nó que deixa verter toda a dor que carrego de querer ter dias felizes. Meu choro molha meus pés e já não lava a minha alma."

🎼
Somos apresentados à família Amaya, Solano, Piro e Clara e o vazio deixado pelo cãozinho Bold, e os amigos envolvidos com cada um, eles vivem em Miramar, uma cidade Marítima a 470 km e a sudoeste de Buenos Aires.

🎵
"A dor do peito, só sabe quem a carrega".
Clara - Já carrega uma marca profunda e você vai odiá-la até conhecer sua história e toda falta de amor que desestrutura toda a família.

"..uma enzima chamada telomerase essencial na proteção do DNA durante a replicação das células de crescimento...e então para..."
Piro - É com o propósito de descoberta que Piro junto com a amiga Miranda que quer descobrir uma espécie de formiga, juntos com os filhos Alana e Martin embarcam em uma viagem à Amazônia e vão viver o inesperado com dias alucinantes.

"Esse momento merece o melhor vinho da Argentina".
Solano - O homem que idealiza a beleza, o supérfluo, ele não tem medidas e vai viver uma farsa e um imperceptível e um terrível declínio.

"O que fazer quando o querer só lhe faz sofrer"?

Amaya - Com um coração fragmentado pela traição, rejeição, sem realização profissional ela responde à um anúncio de um emprego e seu mundo será TOTALMENTE modificado.

"Precisamos olhar para o céu a cada manhã e acreditar que temos novas possibilidades".
- Zeca - Balanga - Alana - Martin - Alonso - Mercedes, tão humanos♡.

O autor 
@oliverfabio nos presenteia com uma narrativa onde os capítulos são  intitulados por uma maravilhosa trilha sonora irresistível e acredite não é só "E o céu de Miramar?" É o mar, o farol, o encanto que ele conseguiu colocar em uma só história com um desfecho ou vários inusitados e surpreendentes. 4.5/5






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Entrevista com a tradutora Regiane Winarski

Entrevista com a tradutora Regiane Winarski

Por Oliver Fábio
Regiane Winarski, a tradutora do livro O Bazar do Sonhos Ruins, revelou ao Kibook como foi traduzir esse novo livro de contos de Stephen King e nos revela muitas curiosidades.

Um pouco sobre Regiane Winarski:

Sou tradutora de livros desde 2009. Antes dos livros, traduzi legendas para TV a cabo. Sou formada em Produção Editorial pela UFRJ e dei aula de inglês por 10 anos. Quando tive a minha filha, decidi ir atrás do meu sonho de trabalhar como tradutora e passei a me dedicar a estudar e me preparar para isso. Atualmente, me sinto realizada no trabalho e amo muito o que eu faço. Traduzo para editoras como Suma de Letras, Intrínseca, Galera Record, Planeta, DarkSide, Rocco e outras. Jà traduzir quase cem livros, dentre eles, It – A coisaConfissões do crematório, O oráculo oculto, Cidade da morte e um montão de outros.

 
Kibook - Praticamente você foi a primeira brasileira a ler o novo livro de Stephen King, O Bazar do Sonhos Ruins. O que podemos esperar dessa nova obra?

Eu adoro os livros de contos do King, e achei esse excelente. Os contos estão bem variados, e cada um tem uma pequena introdução, na qual o autor conta pra gente alguma coisa sobre o processo de escrita daquele conto. Eu acho uma delícia “ouvir” a voz do King conversando com o leitor e adoro conhecer curiosidades sobre o processo da escrita. Além disso, há histórias excelentes e inesquecíveis nesse livro. Algumas me deram até aquela sensação gostosa de King das antigas, da época do Tripulação de esqueletos e Sombras da noite, dois livros que eu amo.

Kibook - Quanto tempo levou para realizar toda a tradução?

O Bazar é um livro bem grande. Acho que levei uns 4 a 5 meses nele, contando a tradução e a revisão que sempre faço quando termino uma tradução. Mas tempo de tradução é uma coisa relativa, depende de vários fatores.

Kibook - Já traduziu outros livros dele? (Se sim, é a tradutora ‘oficial’ dos livros dele?)

Não existe isso de “tradutor oficial”, porque a escolha de tradutor para cada livro depende de várias coisas, como disponbilidade de tradutor. Como mencionei na introdução, comecei a trabalhar com livros de King com It – A coisa, um desafio maravilhoso que tive na vida. É um livro que eu tinha lido quando adolescente, depois fiquei muitos anos sem tocar nele. Foi uma aventura mergulhar novamente na história e dar a ela uma nova tradução. Em seguida trabalhei em Joyland, fiz a trilogia Bill Hodges os três de uma vez, depois peguei O bazar dos sonhos ruins. Recentemente, traduzi mais um livro antigo dele que a Suma de Letras vai relançar e em breve começo outro (mas não posso citar títulos por questão de confidencialidade).

Foto: Divulgação- Suma de Letras
Kibook - Teve problemas para traduzir alguma frase ou termo, de forma a não perder o real sentido que o autor queria dar?

Faz parte do meu trabalho encontrar soluções para qualquer dificuldade que possa aparecer no texto. Não consigo pensar em nada específico que tenha acontecido nesse livro, mas sempre há algum pepino que dá um pouco mais de trabalho. Um exemplo disso é todo o colóquio de Joyland, talvez a parte mais difícil de traduzir nas obras do King até agora.

Kibook - Você teve contato com o autor para tirar alguma dúvida ou algo do tipo?

Infelizmente, não. Stephen King é uma celebridade! Seria maravilhoso poder trocar ideias com ele, mas ele é um cara muito assediado, e imagino que haja um esquema de proteção maior do que com os “mortais”, rs. Seria um sonho!

Kibook - Acredita que algum desses contos possa virar um filme, e arriscaria dar alguma nota para o livro?

Alguns contos talvez possam vir a ser roteirizados, principalmente os que têm história mais complexa, como Ur ou ObituáriosEu achei o livro maravilhoso de um modo geral, só houve um conto do qual não gostei muito (não vou dizer qual, mas será que alguém adivinha?). Eu daria 9.

Kibook - Como você vê as críticas que muitos leitores fazem em relação à algumas más traduções?

Como acontece com qualquer profissão, há bons e maus profissionais na área de tradução. Acontece de algumas críticas serem justas, embora nem sempre, e muitos leitores não levam em consideração o processo editorial. A produção de um livro envolve muitas etapas, em geral um copidesque e duas a três revisões, além da supervisão editorial. São muitas mãos mexendo em um livro ao longo do processo, e isso pode causar pequenos problemas pontuais. Mas é importante lembrar que os profissionais envolvidos costumam estar fazendo o melhor possível pra obter o melhor resultado. Em geral, quem trabalha com livros é porque os ama muito!

Kibook - Atualmente em quais livros está trabalhando? Pode nos contar um pouquinho do que vem por aí?

Infelizmente, não posso contar nada sobre os livros nos quais estou trabalhando. É uma espécie de acordo tácito que a gente faz com a editora, e em alguns casos tenho até que assinar termo de confidencialidade e não citar nem autores de livros. Costumo divulgar os lançamentos das minhas traduções no meu FacebookTwitter e Instagram, quando a editora já anunciou a publicação e eu já posso contar sobre os livros.

Obrigado pela gentileza de nos conceder uma entrevista e desejamos muito sucesso na sua carreira.

Eu agradeço pela oportunidade de falar com fãs do King, como eu. Longos dias e belas noites, sai.



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Vem aí a 32º Feira do Livro de Brasília

Vem aí a 32º Feira do Livro de Brasília


A 32º Feira do Livro de Brasília irá acontecer nos dias 16 a 24 de Julho de 2016 no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e teremos uma programação especial dedicada aos blogueiros. No primeiro final de semana (16 e 17 de julho) irá acontecer o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Literários. Isso mesmo! Um dia inteiro com palestras e bate-papo sobre a nossa paixão/profissão. A ideia é mostrar ao público como funciona o nosso trabalho, desde a criação de um blog até o momento em que conseguimos ganhar dinheiro com isso (o sonho de muitos, a conquista de poucos, infelizmente). Queremos que este seja o primeiro de muitos eventos do gênero, pois acreditamos que o trabalho dos blogueiros deve sim ser valorizado e reconhecido não só no mercado editorial, mas também no mercado de trabalho como um todo.

Haverá debates abertos ao público ao longo do encontro e, ao final, um coquetel fechado apenas para os blogueiros. 

Este é um evento que será coordenado pela Academia Literária DF e a escritora Marina Oliveira, com o apoio e orientações da Coordenação Geral da 32º Feira do Livro de Brasília. 


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Lançamento: Livro contra a homofobia religiosa

Lançamento: Livro contra a homofobia religiosa

Por Oliver Fábio

Pastor lança livro contra a homofobia religiosa

Autor desafia leituras conservadoras da Bíblia, lançando um novo olhar sobre o que ela, de fato, diz sobre as minorias sexuais.

O pastor Alexandre Feitosa acaba de concluir mais uma obra literária: Teologia Inclusiva: fundamentos, métodos, história e conquistas. A obra é mais um lançamento da Oásis Editora, especializada em publicações teológicas voltadas para o público LGBT. O livro é o sexto trabalho do Pastor, que estreou em 2010 com a bem sucedida obra Bíblia e Homossexualidade: verdade e mitos, que está a caminho da terceira edição. Sua obra é marcada pela leitura histórico-crítica das Escrituras, método que contextualiza os versículos, interpretando a mensagem sob a luz dos aspectos culturais, históricos, religiosos e sociais da época bíblica. A leitura histórico-crítica da Bíblia lança luz sobre os textos que supostamente condenam as minorias sexuais. Essa abordagem permite concluir que os conceitos de orientação sexual, homoafetividade e identidade de gênero estão ausentes dos textos bíblicos. O lançamento nacional do livro ocorrerá neste sábado, 18/06, na Comunidade Athos Brasília.

Kibook - Qual o tema desse novo trabalho?
AF - Seguindo uma linha semelhante às obras anteriores, este novo trabalho propõe reflexões bíblicas sobre as minorias excluídas e segregadas por conceitos religiosos. A partir das Escrituras e, especialmente a partir de Cristo e da Igreja Primitiva, somos levados a compreender que a Bíblia está longe de ser um livro homofóbico, como muitos acreditam. O tema deste trabalho é a inclusão das minorias sexuais sob a perspectiva de Cristo e das primeiras comunidades cristãs. Uma análise minuciosa e livre de ideologias conduzirá o leitor da Bíblia, inevitavelmente, a um novo olhar, livre de preconceitos sobre aqueles que, tradicionalmente, fomos levados a discriminar. Nunca, no Brasil e no mundo, os direitos da comunidade LGBT se expandiram tanto, por outro lado, em proporção semelhante, em nenhum outro momento o preconceito e a discriminação contra essa comunidade vieram à tona com tanta intensidade.

Kibook - Qual a relevância desse livro para o cenário atual?
AF – A importância desse trabalho está em seu papel esclarecedor. Todo preconceito é gerado pela falta de informações. É necessário quebrar o ciclo do preconceito. O preconceito precede a discriminação. Os crimes de ódio, como o praticado no último domingo em Orlando, são motivados pelo preconceito. No Brasil, a realidade é ainda mais triste. Pesquisas do Grupo Gay da Bahia (GGB) indicam que um LGBT é morto a cada 26 horas. As estatísticas são alarmantes. Em 2015, 318 LGBTs foram assassinados. Esses dados colocam o Brasil no topo quando o assunto é violência contra lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Ao quebrar o ciclo do preconceito, a violência deixa de existir. O livro tem um caráter informativo, formativo e reflexivo. Aliamos informação e reflexão nessa obra, tendo como ponto de partida o ministério de Jesus Cristo e os princípios do Evangelho propagados por Ele e pela Igreja Primitiva. As reflexões propostas nessa obra envolvem basicamente a inclusão de excluídos e marginalizados por questões religiosas. Abordamos desde a inclusão da mulher à inclusão das minorias sexuais, representadas pela figura dos eunucos. Se a exclusão das minorias sexuais nasce de uma interpretação equivocada da Bíblia, deve ser a partir da mesma Bíblia que a inclusão deve nascer.  

Kibook - O livro já está à venda há mais de um mês. Como tem sido a receptividade da obra?
AF – Graças a Deus nossas expectativas quanto à recepção da obra têm sido superadas. Já vendemos metade da primeira tiragem e estamos providenciando uma segunda tiragem, maior que a primeira, pois já temos lançamentos marcados em outras capitais. Tenho recebido um feedback bastante positivo das pessoas que já adquiriram o livro, o que nos motiva a continuar escrevendo novos trabalhos que contribuam para a inclusão das minorias sexuais à Igreja, bem como para o combate do preconceito a essas minorias. 

Kibook - Para concluir, uma frase que resuma o livro:
AF – A frase que resume o livro está na Bíblia, no livro de Atos, capítulo 10, versículo 34: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas. Esse princípio bíblico confirma todas as reflexões que construímos com base nos relatos dos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. Em cada relato analisado, essa verdade fica evidente. Pessoas antes excluídas pela religião passam a caminhar lado a lado com Cristo. De posse dessa verdade valiosa levamos a própria comunidade LGBT a compreender que Deus não exige mudança de sua constituição sexual. As minorias sexuais são aceitas por Deus, pois a diversidade é parte de Seu trabalho criativo. O livro nos leva a encarar a comunidade LGBT sob a perspectiva de Cristo, quebrando o ciclo do preconceito e da violência, promovendo um entendimento gracioso das Escrituras e uma cultura de paz.

Um pouco mais sobre o autor: Alexandre Feitosa é brasiliense, graduado em língua portuguesa, pastor e professor. Desde 2006, dedica-se ao estudo da Teologia Inclusiva e a palestras sobre o assunto. É autor das seguintes obras: Bíblia e Homossexualidade: verdade e mitos (2010), O Prêmio do amor (2011), A Igreja Trans (2012), Quem está manipulando a Bíblia? (2013), Lições Bíblicas Conhecimento & Graça (2014). É membro da Comunidade Athos de Brasília, uma igreja protestante inclusiva.  



Lançamento do livro: 18 de junho de 2016 a partir das 19h30 na Comunidade Athos Brasília – SDS – Conic – Edifício Eldorado, Entrada B, Subsolo, Sala 17.

Especificações: Teologia Inclusiva: Fundamentos, Métodos, História, Conquistas – Oásis Editora, Brasília, 2016, 102 páginas. 





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 Especial livro Quarto

Especial livro Quarto

Por Oliver Fábio
 Um livro que tem arrebatado leitores por todo o mundo, já foi traduzido para mais de 7 idiomas, chegou a mais de 30 países, e ganhou mais de 17 prêmios, então motivos é o que não faltam para você ler essa intensa narrativa, sucesso de público e crítica, é o sétimo livro da então desconhecida escritora irlandesa Emma Donoghue.

SINOPSE


Para Jack, um esperto menino de 5 anos, o quarto é o único mundo que conhece. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, dormem e brincam. À noite, sua mãe o fecha em segurança no guarda-roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la.


O quarto é a casa de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a mãe criou ali uma vida para Jack. Mas ela sabe que isso não é suficiente, para nenhum dos dois. Então, ela elabora um ousado plano de fuga, que conta com a bravura de seu filho e com uma boa dose de sorte. O que ela não percebe, porém, é como está despreparada para fazer o plano funcionar.



“Quarto” é encantador por ser livro simples, com diálogos espertos, divertidos e verossímeis. Logo você descobrirá que o quarto é na verdade um cativeiro, onde o o vilão é o velho Nick que aparece poucas vezes, porém não deixa de ser um ser muito cruel.


Jack cresce nesse ambiente insalubre, porém sua mãe faz de tudo para transformar o quarto num lugar mágico. O pequeno Jack vive num mundo onde a realidade é uma fantasia, que ele conhece bem pouco através da TV. A magia do livro está em Jack não saber que está numa prisão, esse contraste cria as grandes sacadas e complexidades do livro: Quarto é tanto uma prisão, quanto um refúgio.


E o livro virou um premiado filme:

Apesar de ter sido elogiado e até indicado ao Oscar em 4 categorias, o filme fica muitas léguas de distância do esplendor do livro, a própria autora chegou a afirmar que a adaptação não explorou a vítima. Eu assisti o filme e é notório como o personagem Jack foi deixado em segundo plano, porém ainda assim vale a sua audiência.

O que falam por aí, sobre “Quarto”:

"Quarto é a mais rara das entidades: uma obra de arte inteiramente original."
MICHAEL CUNNINGHAM, autor de “As horas e Ao anoitecer”

"Quarto é um dos livros mais profundamente tocantes que li em muito tempo."
JOHN BOYNE, autor de “O menino do pijama listrado”.

"O texto de Emma Donoghue é uma esplêndida alquimia, que transforma a inocência em horror e o horror em ternura."
AUDREY NIFFENEGGER, autora de “A mulher do viajante no tempo” e “Uma estranha simetria”.

"A autora criou um narrador infantil que é um dos mais envolventes em anos."
New York Times Book Review

"Cuidado: uma vez que começar a ler este livro, você será prisioneiro de Donoghue até a última página."
Newsweek

"Quanto ao doce, inteligente e divertido Jack, eu queria arrancá-lo para fora do livro e nunca mais deixá-lo ir embora."
Daily Mail

"Emma Donoghue faz os leitores se identificarem tanto com seus personagens que, pelos olhos de Jack, podemos ver nosso próprio mundo de maneira completamente nova."

Literary Review

Sem dúvidas, um livro que se tornará um clássico e vai figurar na seleta lista de bons livros do século XXI.





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Volto quando puder

Volto quando puder

Por Oliver Fábio

“Volto quando puder” é o livro de estréia das jovens escritoras Isa Prospero e Márcia Oliveira, a narrativa é super envolvente e cativante, foi publicado pela Hoo editora e tem tudo para conquistar os adolescentes.

Sinopse

Artur é um garoto de 14 anos que mora com a mãe e vê o pai aos finais de semana, pois os pais são separados. Tudo isso muda quando a mãe morre, e ele passa a morar com o pai, Guilherme. Charmoso, extrovertido, tatuador na Galeria do Rock, ele está longe de ser o pai que Artur sempre quis.


Pra completar, o garoto é obrigado a mudar de escola e, a partir daí, começa uma nova fase em sua vida. Além de não ser o cara mais popular da escola, ele faz alguns inimigos em pouco tempo. Mas há duas pessoas que o Artur curte muito: o Alexandre, considerado o melhor professor do mundo pelo garoto, e a Priscila, menina tão interessante, que Artur nem acredita quando ela se aproxima.

Conflito de gerações, dificuldade de comunicação entre pais e filhos, sexualidade e primeiro amor: são todos os desafios que o Artur tem que viver durante a adolescência.


O jovem Arthur precisa enfrentar seus dilemas, terrores, confusões, descobertas, revoltas, luto... para isso, ele necessita amadurecer, ter autocontrole, parar com as birras, deixar de lado sua impulsividade e sua língua afiada, para encarar todas essas situações e não mais fugir delas.

Toda a história mostra o quão importante é fazer laços na vida, pois esses laços ajudam na hora de encarar os problemas de frente e vencer. É uma leitura indispensável para pais e filhos: para os filhos refletirem e compreenderem a bagagem e complexos que os pais carregam e serve muito bem para os pais entenderem os enormes dilemas que seus filhos adolescentes vivem. Que por medo, vergonha e etc, acabam não se abrindo em casa e vão desbravar sozinhos o mundo, a sexualidade e conflitos internos, aventura que não é adequada para adolescentes que ainda estão formando o seu caráter e personalidade, e ainda não possuem nenhum sabedoria ou experiências de vida. O livro serve como um despertar para ambas as partes se notarem e juntos atravessarem essa fase tão complicada que é a tal adolescência.

Lendo o livro, voltei a minha adolescência e vi como eu também era bobo, dramático e no mundo da lua. Prepare-se, pois você vai entrar no universo dos jovens atuais, e tudo é desnudado pelas autoras de forma brilhante.

Este livro realmente deveria entrar na lista obrigatória de leituras das escolas, pois abre margem para ótimos debates em classe, pois os assuntos são bem pertinentes aos alunos.

Com sua narrativa instigante e por trazer muitas reflexões só posso dizer que super recomendo a leitura.



Saiba mais sobre esse livro e outros lançamentos, acessando: HOO EDITORA



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Entrevista com Lou do livro "Como eu era antes de você"

Entrevista com Lou do livro "Como eu era antes de você"


Raio X
Nome: Louisa Clark, mais conhecida como Lou.
Idade: 26 anos
Filha de Bernard e Josephine Clark. Tem uma irmã e um sobrinho. Antes de ser balconista foi uma terrível cabeleireira.

A estrela dos livros de sucesso “Como eu era antes de você” e “Depois de você”, concedeu uma entrevista para o Kibook. Confira abaixo:

KIBOOK – Como foi ser demitida após 6 anos de trabalho no café de uma forma tão brusca?
LOU – Ah, o Frank precisava voltar para a Austrália, seu pai não estava bem e o castelo começaria a servir seus próprios lanches, o que afetaria bastante nossos lucros. Frank foi generoso: meu deu 3 meses de salário a mais.

Kibook – Era um momento de recesso na economia, não ficou com medo de não conseguir rapidamente uma colocação no mercado de trabalho? – Não diria medo, mas papai me deixava insegura ao comentar que eu não sabia fazer muita coisa. Ele temia que a situação fosse piorar, ele dependia do meu salário para ajudar a manter a casa. Ele vivia com medo de ser demitido da fábrica de moveis e minha irmã ganhava bem pouco e tinha o seu filho. Ver meus pais preocupados e debatendo sobre o meu futuro profissional foi algo bem complicado e difícil para mim.

KibookNão deixei de observar suas roupas e você tem uma personalidade singular no quesito moda, você está sempre antenada? – Um pouco. Na minha adolescência eu gostava de roupas de meninos e atualmente prefiro as que me agradam, não sigo religiosamente a moda, mas adoro roupas exóticas e cores vibrantes. Sou uma garota comum, levando uma vida comum e acho que ninguém olharia para mim duas vezes, meu look às vezes espanta. (risos)

Kibook Foi complicado conseguir uma roupa adequada para a entrevista com a elegante sra. Traynor? – Bastante! Saber que eu ia ser avaliada em vários aspectos me deixava nervosa e insegura. Optei por usar um tailleur da minha mãe, não foi a melhor escolha, mas era a roupa mais social que consegui. No meio da entrevista a saia se rasgou, foi constrangedor, mas consegui a vaga e o salário ótimo.

Kibook – E como foi o encontro com o peculiar Will? – Não o conheci no dia da entrevista. Parece que ele não estava bem. Ele sofreu um acidente de trânsito e precisava de cuidados intensivos para comer, beber e etc. A mãe dele procurava alguém animada e percebeu isso em mim. Mas sobre o encontro, fiquei muito apreensiva e receosa em conhecê-lo e ver as suas limitações. O primeiro contato foi horrível. Ele não é uma pessoa muito amigável, mas também, não tinha como ser uma pessoa espirituosa no estado que se encontrava e com tantos remédios para tomar.

Kibook – Você chegou a pensar em desistir do trabalho? – Sim. Até mandei um SMS para a minha irmã falando que ele me odiava e ela respondeu que mamãe e papai precisavam do meu salário. Mas foi difícil encarar aquele homem que me olhava como se eu fosse uma coisa que o gato trouxe na boca. Will era extremamente arredio e foi um pesadelo o primeiro dia.

Kibook – Sofreu muito para se adaptar? – Aquela casa linda e elegante era vazia e silenciosa como um necrotério, não foi difícil sentir falta do meu antigo emprego. Sentia saudades de Frank e de como ele realmente parecia satisfeito ao me ver chegar a cada novo dia. Sentia falta dos clientes, da companhia deles, das conversas fáceis, dos suaves sons de engolir e de coisas sendo mergulhadas em líquidos e na casa dos Traynor eu não me sentia a vontade e Will não ajudava. Mas eu repetia sempre: serão apenas 6 meses nesta casa.

Kibook – Como conheceu Patrick? – Ele foi o meu primeiro namorado, nos conhecemos quando eu ainda estava no meu primeiro emprego, no único salão de beleza unissex de Hailsburry. Ele queria fazer um corte e fiz, ele descreveu depois como não só o pior de sua vida, mas o pior de toda a história (risos). 3 meses depois, cheguei à conclusão de que gostar de mexer no meu próprio cabelo não significava necessariamente saber cortar o dos outros. Não demorou muito e começamos a namorar, ele não chegava a ser bonito, mas seu traseiro era maior que o meu e eu gostava disso. 

Kibook – Só mais uma pergunta: Qual foi a sensação de ir pela primeira vez a um concerto? – Senti a música como se fosse algo físico que não entrava só pelos meus ouvidos, mas fluía dentro de mim, me cercava, fazia meus sentidos vibrarem. Eu não sabia que a música era capaz de fazer com que coisas novas surgissem dentro da gente e de nos levar a lugares que nem o compositor imaginou. [FIM]

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Resenha “Tudo e todas as coisas”

Resenha “Tudo e todas as coisas”

Por Oliver Fábio
Melhor que “A culpa das estrelas” de John Green. 
Do que o amor é capaz? Uma mãe protetora e uma filha com muitos sonhos e desejos vão despertar. Uma luz será acesa e tudo ficará visível e agora para onde elas devem olhar? A filha vai ter que se reinventar e a mãe se superar. “Tudo e todas as coisas” é um livro sobre liberdade, independência, laços familiares, medos, colapsos, bloqueios e sentimentos não trabalhados. É o romance de estreia de Nicola Yoon.

Madeline Whittier não é uma garota comum, ela sofre da “doença da criança bolha”, Imunodeficiência Combinada Grave e tem alergia a tudo imaginável, e vive em uma fortaleza contra qualquer germe.

Maddy apesar de viver uma vida muito limitada é feliz do seu jeito, porém logo um vizinho vai chegar e mudar todo esse cenário de calmaria e fazê-la despertar para coisas que não conhecia. O seu mundo é sua casa e seu quarto, leva uma vida sem muitas emoções, onde as coisas normais de qualquer adolescente: a carteira de motorista provisória, o primeiro beijo, o baile de formatura... são impossíveis para Madeline viver. Seus passatempos são: ler, navegar na internet e jogar à noite com a mãe. Porém

Maddy está completando 18 anos, ao lado da sua fiel companheira, mãe e médica pessoal. Ao soprar a vela do bolo ela faz um pedido mágico, um sonho que espera que seja logo realizado. 

O destino parece que resolveu ser bonzinho com Maddy e no dia seguinte um caminhão de mudanças estaciona na casa vazia da frente. Ela teria novos vizinhos e um colírio para os olhos. Olly ou Oliver, alto, esguio, branco levemente bronzeado da cor de mel e todo vestido de preto, seria o dono dos seus sonhos. O garoto de olhos azuis como o oceano faz umas manobras de parkour na fachada da nova casa e logo seus olhos encontram os de Madeline e prontamente um sorriso se forma no rosto e no coração de cada um.



Os vizinhos lentamente vão alterando a rotina de Maddy, que passa boa parte do seu tempo os observando. Mas nem tudo são flores, os novos vizinhos numa tentativa de se apresentarem, fazem um bolo Bundt para Maddy e sua mãe, que gentilmente recusou o objeto de socialização, pois a filha jamais poderia comer do tal bolo, que mais tarde foi motivo de discussão, que Madeline presenciou da sua janela. E logo Olly que foi a visitar levando o bolo começou a lhe evitar. Aquele jovem chegou despertando o mundo lá fora que Maddy não conhecia e isso causou-lhe uma certa tristeza, e nesses momentos Carla, sua enfermeira a 15 anos, sempre tinha palavras reconfortantes.

O bolo da discórdia logo virou objeto de encenação. O bolo Bundt tentou suicídio pulando da janela de Olly, dois dias depois reapareceu cheio de band-aids e todo dia uma nova representação era exibida na janela do vizinho e foi um pulo para começarem a trocar e-mails e iniciar a guinada na vida de Maddy.

Madeline raramente recebia visitas, pois o processo pelo qual o candidato teria que passar era bem doloroso: precisava ter os registros médicos checados, passar por um exame físico, sem falar na descontaminação: um banho de ar soprado em alta velocidade por uma hora e isso reduzia drasticamente o número de visitantes àquela casa.

ELE

- Autoestima alta;
- Levemente convencido;
- Audacioso;
- Galanteador.

ELA 
- Consciente;
- Não se faz de vítima;
- Bem resolvida.

A felicidade da liberdade pode ser um pesadelo. Será se viver algo bom por pouco tempo e sentir saudades é martírio? Será se acomodar-se é a melhor escolha? 
Será se Maddy vai conseguir realizar o desejo que fez ao apagar a vela do bolo? Descubra isso e todas as reviravoltas da vida de Madeleine em “Tudo e todas as coisas”. 
A história é clássica, mas nos rende ótimos momentos de leitura. É uma leitura leve e fluída. O livro é dividido em minicapítulos. Tem muitas ilustrações, tabelas, páginas de agenda, e-mails... e isso faz com que a leitura seja bem agradável e rápida.


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