Entrevista com Lou do livro "Como eu era antes de você"


Raio X
Nome: Louisa Clark, mais conhecida como Lou.
Idade: 26 anos
Filha de Bernard e Josephine Clark. Tem uma irmã e um sobrinho. Antes de ser balconista foi uma terrível cabeleireira.

A estrela dos livros de sucesso “Como eu era antes de você” e “Depois de você”, concedeu uma entrevista para o Kibook. Confira abaixo:

KIBOOK – Como foi ser demitida após 6 anos de trabalho no café de uma forma tão brusca?
LOU – Ah, o Frank precisava voltar para a Austrália, seu pai não estava bem e o castelo começaria a servir seus próprios lanches, o que afetaria bastante nossos lucros. Frank foi generoso: meu deu 3 meses de salário a mais.

Kibook – Era um momento de recesso na economia, não ficou com medo de não conseguir rapidamente uma colocação no mercado de trabalho? – Não diria medo, mas papai me deixava insegura ao comentar que eu não sabia fazer muita coisa. Ele temia que a situação fosse piorar, ele dependia do meu salário para ajudar a manter a casa. Ele vivia com medo de ser demitido da fábrica de moveis e minha irmã ganhava bem pouco e tinha o seu filho. Ver meus pais preocupados e debatendo sobre o meu futuro profissional foi algo bem complicado e difícil para mim.

KibookNão deixei de observar suas roupas e você tem uma personalidade singular no quesito moda, você está sempre antenada? – Um pouco. Na minha adolescência eu gostava de roupas de meninos e atualmente prefiro as que me agradam, não sigo religiosamente a moda, mas adoro roupas exóticas e cores vibrantes. Sou uma garota comum, levando uma vida comum e acho que ninguém olharia para mim duas vezes, meu look às vezes espanta. (risos)

Kibook Foi complicado conseguir uma roupa adequada para a entrevista com a elegante sra. Traynor? – Bastante! Saber que eu ia ser avaliada em vários aspectos me deixava nervosa e insegura. Optei por usar um tailleur da minha mãe, não foi a melhor escolha, mas era a roupa mais social que consegui. No meio da entrevista a saia se rasgou, foi constrangedor, mas consegui a vaga e o salário ótimo.

Kibook – E como foi o encontro com o peculiar Will? – Não o conheci no dia da entrevista. Parece que ele não estava bem. Ele sofreu um acidente de trânsito e precisava de cuidados intensivos para comer, beber e etc. A mãe dele procurava alguém animada e percebeu isso em mim. Mas sobre o encontro, fiquei muito apreensiva e receosa em conhecê-lo e ver as suas limitações. O primeiro contato foi horrível. Ele não é uma pessoa muito amigável, mas também, não tinha como ser uma pessoa espirituosa no estado que se encontrava e com tantos remédios para tomar.

Kibook – Você chegou a pensar em desistir do trabalho? – Sim. Até mandei um SMS para a minha irmã falando que ele me odiava e ela respondeu que mamãe e papai precisavam do meu salário. Mas foi difícil encarar aquele homem que me olhava como se eu fosse uma coisa que o gato trouxe na boca. Will era extremamente arredio e foi um pesadelo o primeiro dia.

Kibook – Sofreu muito para se adaptar? – Aquela casa linda e elegante era vazia e silenciosa como um necrotério, não foi difícil sentir falta do meu antigo emprego. Sentia saudades de Frank e de como ele realmente parecia satisfeito ao me ver chegar a cada novo dia. Sentia falta dos clientes, da companhia deles, das conversas fáceis, dos suaves sons de engolir e de coisas sendo mergulhadas em líquidos e na casa dos Traynor eu não me sentia a vontade e Will não ajudava. Mas eu repetia sempre: serão apenas 6 meses nesta casa.

Kibook – Como conheceu Patrick? – Ele foi o meu primeiro namorado, nos conhecemos quando eu ainda estava no meu primeiro emprego, no único salão de beleza unissex de Hailsburry. Ele queria fazer um corte e fiz, ele descreveu depois como não só o pior de sua vida, mas o pior de toda a história (risos). 3 meses depois, cheguei à conclusão de que gostar de mexer no meu próprio cabelo não significava necessariamente saber cortar o dos outros. Não demorou muito e começamos a namorar, ele não chegava a ser bonito, mas seu traseiro era maior que o meu e eu gostava disso. 

Kibook – Só mais uma pergunta: Qual foi a sensação de ir pela primeira vez a um concerto? – Senti a música como se fosse algo físico que não entrava só pelos meus ouvidos, mas fluía dentro de mim, me cercava, fazia meus sentidos vibrarem. Eu não sabia que a música era capaz de fazer com que coisas novas surgissem dentro da gente e de nos levar a lugares que nem o compositor imaginou. [FIM]


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